Another Queen and a not flattering expression
Intermediate Portuguese With Portuguese With Eli - Un pódcast de Eliaquim Sousa - Jueves

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https://portuguesewitheli.com Joana não era nada típica. Primeiro, era rainha de Nápoles e dona da cidade provençal de Avignon. Segundo, era uma mulher “para frente”, isto é, moderna. Financiava artes e atividades intelectuais. Ela também tinha mente aberta. Inclusive, protegia um certo ramo de negócio que várias pessoas achavam... reprovável. Eu conto já que negócio era esse, mas antes deixe-me falar que, naquele mesmo período, a Europa estava turbulenta. O Rei Felipe IV, o Belo, decidiu cobrar impostos sobre os bens da Igreja. O Papa Bonifácio VIII não gostou nada disso e excomungou o rei da França. Felipe se queimou e mandou prender o Papa (morto na prisão). Depois disso, a sede do papado foi transferida para Avignon. Lá, moraram no total sete Papas entre 1309 e 1378. E foi apenas no ano de 1348 que o Papa Clemente V comprou a cidade. Mas tinha uma condição: inocentar Joana. Ela tinha sido acusada de participar do assassinato do ex-marido, Andrew. Agora o irmão dele, Luís I da Hungria, queria vingança. O Papa aceitou a oferta. Joana agora era inocente. Mas essa não foi sua fama. Ela era muito conhecida por apoiar e regulamentar um negócio considerado reprovável: os bordéis de Avignon. Ela chegava a proteger as pessoas que trabalhavam nesse ramo. Foi dela a ordem de que todos os bordéis deveriam ter uma porta por onde qualquer pessoa pudesse entrar. Daí, os prostíbulos/bordéis ficaram conhecidos como “casa da mãe Joana”, onde qualquer um entra. E hoje no Brasil, diz-se que um lugar sem ordem nem regras é uma “casa da mãe Joana”. Por exemplo: é melhor todos nesta sala ficarem quietos. Aqui não é casa da mãe Joana. Parem já com a bagunça. P.S: Em 1382, Joana foi assassinada, mas sua fama perdura até os dias de hoje.