Episode 186: School Supplies List

Intermediate Portuguese With Portuguese With Eli - Un pódcast de Eliaquim Sousa - Jueves

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To purchase the Learning Guide   for this episode, please follow this link: https://transactions.sendowl.com/products/78805726/90517ECF/purchase And here is the monologue for your benefit: Meu filho entrou para o ensino fundamental esse ano e já me deu uma baita dor de cabeça. Não, não meu filho – ele já passou da idade de me acordar no meio da noite. É a lista de material escolar exigido pela escola que está me tirando o sono. Então resolvi dar uma ligadinhapara a diretora para tirar satisfação. Eu que não ia ficar com um descalabro desses e não dizer um ai a respeito! Assim que ela atendeu, falei sem rodeios: “Estou ligando para indagarsobre a lista de material escolar desse ano.” E ela só fez “hum”. “Primeiro, concordo que tenham incluído mochila, porque senão meu filho não pode levar nada. E também com a pasta para colocar as folhas de sulfite. E entendo que a caixa de lápis-de-cor, a de giz-de-cera, canetinhas e os estojos sejam para as aulas de artes.” Nesse momento, fiz uma pausa. Do outro lado da linha, a diretora só respirava. “Agora”, eu continuei, “por que uma criança de sete anos vai querer um marcador de texto?” “Na nossa escola, nós incentivamos que os alunos leiam e resumam o que leem. Só assim para eles melhorarem suas habilidades de interpretação.” “Certo,” respondi. Fazia sentido. Mas não me dei por vencido: só desligaria quando estivesse plenamente satisfeito. “E a cola?” “Para as aulas de artes, claro” — ela respondeu. “Assim como as cartolinas.” “Mas, diretora, são vinte folhas! É mais do que necessário, não?” “Não. A gente pede muita folha porque as crianças ou estragam a maioria ou dão um fim nelase a gente precisa repor. Aliás, essa é a mesma razão por que pedimos cinco apontadores, oito réguas e duas resmasde papel A4.” Minha nossa. Essa me pegou de surpresa. Ela estava chamando as crianças de descuidadas? “Claro que não, senhor. Mas o senhor tem de perceber que crianças perdem coisas.” Minha nossa, ela tinha uma resposta para tudo na ponta da língua! Mesmo pensando que aquele era um argumento infundado e não querendo aturar, acabei me conformando. Meu filho vivia perdendo coisas. “Tá bom” agora me preparava para minha pergunta derradeira. Era agora ou nunca. “E como é que a senhora explica esses dois quilos de arroz, dois de feijão, cinco ovos, carne e farinha de mandioca?” E a diretora do outro lado da linha deu um risinho de desentendida. “Como é que é, senhor?” Quando eu ia repetir, percebi que era a lista de compras que minha esposa tinha anotado na folha. Desliguei na hora. Ufa! Ainda bem que não tinha me identificado.