EP10 - Ana Cris, do parto humanizado ao coletivo nascer
Meu parto, minhas regras? - Un pódcast de Timirim
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Ana Cris tem 53 anos, depois de ter tido dois filhos, ela se formou como doula e depois como obstetriz. Em 2018, ela criou o “Coletivo Nascer”com um grupo de médicas, parteiras e doulas numa casa de São Paulo, para atender famílias que querem um parto natural a preços acessíveis. Ana Cris já atendeu 1500 partos desde 2002, e nos conta dos dois partos dela, duas décadas atrás: uma cesária não desejada e depois a luta para conseguir um parto normal. Ela fala de episiotomia, de identidade, da construção do amor com o bebê, e da solidão do puerpério. Ela tem o brilho e o carisma de quem achou sua vocação e nos recebeu na casa do coletivo, depois de ter atendido um parto na madrugada anterior. Para muitas mulheres, o puerpério chega como uma avalanche de sentimentos contraditórios. Também pode passar pelo "baby blues", uma depressão pós parto comum que se deve à grande alteração hormonal, e que deixa a mulher mais isolada. Um coletivo, um grupo de apoio, uma rede de mães, podem ser preciosos. É fundamental informar as mulheres que pode ser difícil se conectar com esse novo papel e essa nova identidade de mãe. No Coletivo Nascer, tem reuniões semanais sobre todos os temas relacionados a chegada do bebê. Até agora, mais de 110 partos já foram atendidos aqui na casa, e mais de 120 mulheres estão em pré natal.